segunda-feira, outubro 16, 2006

Depois de uma manhã cansativa voltei para casa. O tempo de almoçar e voltar ao trabalho era escasso, mas eu tinha calma, sabia que mal chegasse a casa, esperava-me um bilhete teu.
Quando cheguei, cumprimentei todos os que estavam em casa e dirigi-me calmamente para o quarto, fazia-me acompanhar do maior dos sorrisos, ler os teus bilhetes tinha-se tornado para mim o melhor das minhas segundas-feiras e tinha-os todos guardados na carteira, mas quando cheguei ao quarto, procurei e procurei e não encontrei nenhum vestígio dele, hoje não me tinhas escrito nada. O sorriso, esse, imediatamente fugiu da minha boca e coração, eu não queria acreditar, continuei e continuei á procura, mas… nada, tu hoje não me tinhas escrito nada.
Pousei as coisas, uma vez que ainda nem tinha pensado nisso, e fui fazer as minhas coisas, arrastando-me pela casa…Pode ser só um bilhete, mas quando é de quem mais amamos torna-se um tesouro e tirou-me metade da energia que ainda possuía.
O dia ainda estava longe de acabar, fi-lo normalmente e li os papelinhos que me havias escrito nas segundas-feiras que passaram, li-os para todos os que quiseram ouvir.
Ao chegar a casa, cansada mas já mais conformada, deram-me a noticia de que estavas no carro, eu não esperei, peguei na chave e fui ter contigo, as saudades já eram tantas que nada mais importava, nem desci as escadas, saltei-as, queria-te era a ti. Quando te vi, a primeira coisa que fizeste foi pedires-me desculpa pela ausência do bilhete. Sabias melhor do que ninguém o que me tinha provocado a falta dele.
Eu expliquei que quando me dirigi para o quarto a procura do bilhete, o meu sorriso estava mais brilhante que o Sol, encadeava qualquer um que se atrevesse a olhar para ele de frente e que, mal vi que as tuas palavras não estavam lá, todo o meu mundo tinha desabado, a tua resposta foi linda e comoveu-me:
-“Eu não tive mesmo tempo, mas guardei toda a mensagem na cabeça. A mensagem era que te adoro muito e estou sempre contigo”.
Depois disto, esqueci todo o resto…é tão bom quando apenas eu e tu existimos…


Obrigada.
E agora sei que, mesmo sei papelinho o meu quarto terá sempre uma mensagem de ti, para mim…
Mas por favor…não te esqueças mais de o escrever à segunda-feira.

4 Comments:

Blogger LaSardine said...

gosto gosto gosto.
são essas pequenas coisas de todos os dias que tornam cada dia único e especial, digno de ser vivido !
gosto de ti menina!
tens jeitinho @ :p
porte-se bivenz !

segunda-feira, 16 outubro, 2006  
Blogger Achadiça said...

Olá Catarina
Gostei muito deste texto. Como vês conseguiste falar de amor sem recorreres a rodriguinhos.
Boas minhocas

terça-feira, 07 novembro, 2006  
Blogger Achadiça said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

terça-feira, 07 novembro, 2006  
Blogger Catharina said...

Consegui falar em amor neste texto de uma forma menos "lamechas" porque foi algo que vivi,que senti na pele...=))


Obrigada por tudo Cristalinda

terça-feira, 07 novembro, 2006  

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