Não passava das três da manhã quando me fizeste ver a cruel realidade. Não te preocupaste com tudo aquilo que tinhas demorado a construir comigo,nem tão pouco em dar nas vistas. A tua cautela até ao momento tinha-se transformado em vingança,vingança não sei de quê. As tuas palavras frias e cortantes mataram-me. Não valia a pena,tinham-me acertado em cheio no meu ponto (mais) fraco. Estava ali,morta, com os olhos fixos nos teus. Queriam mostrar-te como me tinhas ferido, como aquelas palavras tinham sido certeiras. Não disseste nada, não manifestaste qualquer tipo de sentimento. Nem compaixão,nem pena,nem alegria,nem nada. Olhaste-me nos olhos e estavas tão morto quanto eu. Mas enquanto a minha morte era verdadeira a tua,a meu ver, não passava de mais um disfarce pérfido. Mataste-me... mas eu não morrerei por ti.
segunda-feira, março 26, 2007
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3 Comments:
"Olhaste-me nos olhos e estavas tão morto quanto eu"
Uau. Ai que esta pintainha mata-me. Jornalista, cineasta, agora poetisa...
Gostei. Precisava de outro fim mas isso só tu o saberás!!! Creio mesmo que aquela frase lapidar deveria encerrar o texto. Desculpa lá a impertinência de estar constantemente a apreciar os teus escritos. A Riça já me partiu a cabeça por causa disso - deixa a pequena evoluir por ela... tomaras tu na idade dela escrever como ela o faz - diz-me ela impaciente. Tenho que lhe dar razão mas não resisto. Talvez por gostar mesmo do que escreves e perceber que estás cada vez melhor. Lê muito. Bem sei que os estudos não deixam mto tempo mas ler é a melhor aprendizagem para a escrita.
Boas minhocas
Muito Obrigada !
Que continue a apreciar o que escrevo. Negativa ou positiva,seja qual for a opinião,ajuda-me a evoluir neste campo.
E já cresci com isso.
são todos iguais. histórias tão parecidas q se repetem todos os dias. pior que o ódio é a indiferença. a indiferença quando o quadro se torna negro e nos "matam". olhos nos olhos...sem sequer hesitar. nem olham para trás. indiferença total. dói que se farta.
obrigada por compreenderes (:
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