quarta-feira, novembro 15, 2006

Estou cansada,mesmo muito cansada.Cansada do que mais amo..da vida. Sempre as mesmas rotinas( por enquanto inalteráveis), as mesmas noticias na televisão. Cansada que exista sempre um momento para tudo,cansada das mesmas dores...
Se falar destes motivos com alguém,mais velho,os pensamentos voam para que eu sou uma adolescente,sim,porque hoje em dia a adolescência é a desculpa para tudo,ou se a pessoa (com quem falei dos motivos) não pensar isso,entao eu serei considerada alguém com a "mania da perseguição"...
Mesmo assim,seja adolescência,seja o que for,é este o momento da minha vida,actualmente,e é agora que estou cansada,quero poder ir ao teatro todas as semanas,ir ao cinema,passear,fazer voluntariado,quero fazer o que gosto,sem que para isso tenha de ter um calendário...é isso...estou cansada de não fazer o que gosto,por não poder. Não troco a minha vida(como já disse,é o que mais amo),mas estou mesmo cansada...!

E,como tudo tem uma parte boa,o cansaço faz-me lutar sempre mais,remar sempre mais,e são nesses momentos que entendo que sou forte...e que supero qualquer cansaço.

3 Comments:

Blogger Unknown said...

É assim... quando estiveres cansada, não pares... e quando estiveres quase a cair para o lado, faz mais um esforço por continuar...

Hás-de ser recompensada, nem que seja apenas pela gratificação de ver feito aquilo que gostas de fazer !

bjo *

quarta-feira, 15 novembro, 2006  
Blogger zaqueu said...

Como te compreendo!

Toma um café e segue em frente =)

sábado, 18 novembro, 2006  
Blogger Achadiça said...

Querida amiguita os teus textos remetem-me frequentemente para lembranças poéticas. Penso que gostes de poesia e que aprecies esta minha maneira de comentar os teus escritos.

Caranguejola


Ah, que me metam entre cobertores,
E não me façam mais nada!...
Que a porta do meu quarto fique para sempre fechada,
Que não se abra mesmo para ti se tu lá fores!

Lã vermelha, leito fofo. Tudo bem calafetado...
Nenhum livro, nenhum livro à cabeceira...
Façam apenas com que eu tenha sempre a meu lado
Bolos de ovos e uma garrafa de Madeira.

Não, não estou para mais; não quero mesmo brinquedos.
P'ra quê? Até se mos dessem não saberia brincar...
Que querem fazer de mim com estes enleios e medos?
Não fui feito p'ra festas. Larguem-me! Deixem-me sossegar!...

Noite sempre p'lo meu quarto. As cortinas corridas,
E eu aninhado a dormir, bem quentinho - que amor!...
Sim: ficar sempre na cama, nunca mexer, criar bolor -
P'lo menos era o sossego completo... História! Era a melhor das vidas...

Se me doem os pés e não sei andar direito,
P'ra que hei-de teimar em ir para as salas, de Lord?
Vamos, que a minha vida por uma vez se acorde.
Com o meu corpo, e se resigne a não ter jeito...

De que me vale sair, se me constipo logo?
E quem posso eu esperar, com a minha delicadeza?
Deixa-te de ilusões, Mário! Bom édredon, bom fogo -
E não penses no resto. É já bastante, com franqueza...

Desistamos. A nenhuma parte a minha ânsia me levará
P'ra que hei-de então andar aos tombos, numa inútil correria?
Tenham dó de mim. C'o a breca! levem-me p'rá enfermaria -
Isto é: p'ra um quarto particular que o meu pai pagará.

Justo. Um quarto de hospital - higiénico, todo branco, moderno e tranquilo;
Em Paris, é preferível, por causa da legenda...
De aqui a vinte anos a minha literatura talvez se entenda;
E depois estar maluquinho em Paris, fica bem, tem certo estilo...

Quanto a ti, meu amor, podes vir às quintas-feiras,
Se quiseres ser gentil, perguntar como eu estou.
Agora no meu quarto é que tu não entras, mesmo com as melhores maneiras.
Nada a fazer, minha rica. O menino dorme. Tudo o mais acabou.


Mário de Sá Carneiro

quarta-feira, 22 novembro, 2006  

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