quarta-feira, janeiro 03, 2007

Hoje deparei-me com aquilo que menos compreendo. A morte.
Quando pelas aberturas do portão vi aquele que seria o transporte para a sua última viagem. Recuso-me a acreditar que quem morre não volta,porque só não volta se o deixarmos ir. E eu não deixarei. Sempre que entrar por aquela porta irei pensar em si,tenho a certeza. Mesmo que fossemos apenas conhecidos,fazia-me sorrir ,e isso era o mais importante. Nunca entendi onde ia buscar tantas piadas,só com um simples Olá inventava logo uma anedota. E assim será durante todo o tempo em que entrar por aquele portão.
Hoje,a primeira vez que olhei para a portaria desde que a vida chegou ao fim, eu posso garantir que o vi,ali,com aqueles olhos azuis e a fase descontraida (confesso,olhei para lá mesmo para o ver).
O que mais me custa é a forma como tudo acabou,morte é sempre morte (algo que não compreendo) mas não foi a vida que acabou porque o ciclo chegava ao fim,mas sim os problemas da vida que fizeram com que o ciclo ficasse incompleto... Se ao menos algum dia lhe podesse ter dito que a vida é o que de mais importante existe,e o amor (a ternura) supera tudo...se ao menos eu podesse...tanta coisa.

Recordo-me de si e sorriu,quem não o faz ?
Apesar da forma como acabou tudo,da certeza de que o que fez não foi o correcto ( ainda que eu não saiba o que o levou a cometer tal loucura) eu não o julgo,afinal foi a solução que arranjou. Agora tenho é de lembrar-me que tive o prazer de lhe desejar "Bom dia"/"Boa tarde" (consoante a ocasião) durante mais de um ano.


Espero que nesse lugar a vista seja bonita...espero tudo de bom para si!


Um sorriso para a vida...a minha eterna companheira !

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A vida. A morte. A vida mortificada. A morte vivida.
Bolas, bolas, que isto está a ficar tétrico. A morte é sempre uma chatice. Às vezes a vida também. Vamos mas é brindar oas amores amiguita...
Boas minhocas

segunda-feira, 08 janeiro, 2007  

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