No Domingo decidiste visitar-me. Não aparecias já à algum tempo,a tua ausência fez-me sentir imune de qualquer traço teu - mal sabia eu que a tua vinda estava para breve. Chegaste e deixaste em mim a tua marca, de tal forma que só hoje pude sair de casa, só hoje me sinto capaz de cumprimentar o frio que se faz sentir lá fora.Só hoje deixei para trás quatro dias monótonos em que a cama e o sofá foram o meu chão. Só hoje deixei para trás a televisão (a tempo inteiro), o termómetro (que por várias vezes deixou bem explicito os meus 38,5ºC), os lenços de papel,o chá com mel (bem...deste ainda necessito),as mantas e os muitos casacos - os meus mais fieis companheiros (e meus salvadores também) e sei-te a roer de raiva por eles me terem ajudado a derrotar-te. Sei-te ainda melhor, com ainda mais fúria sempre que recebia mimos, eu ria-me de ti sempre que o meu pai, mal chegava a casa, vinha com ar de preocupado saber se eu estava melhor e acaba por dizer (sorrindo e com um ar mai leve) "Ah tu já estás melhorzinha!",sempre que a minha mãe me dava algo para diminuir a febre ou quando me punha a mão (ou os lábios quando estas não eram fieis) na testa por vezes a ferver, sempre que durante a noite a porta ficava aberta e tu te vias cercada,sabendo que não me poderias golpear tanto assim durante a noite porque qualquer gesto,qualquer palavra acordava quem estava a minha volta (mas mesmo assim arriscaste e foi durante a noite que mais me atacaste).
Ontem quando sem piedade me tentaste derrotar, mostraste a tua bruta cobardia, ainda estava eu meia ensonada quando resolveste pôr-me inconsciente e mandar-me para o chão (azar o teu,que eu cai em cima da cama) e mesmo nessa altura os meus pais estavam lá e não te pouparam, mais do que eu eles tinham consciência do teu golpe baixo e lutaram contra ti (qual Sir Lawrence da Arábia) de tal forma que ontem quando fui ao médico ele deixou bem claro que não eras nada de preocupante...apenas fruto da época.
Ontem quando sem piedade me tentaste derrotar, mostraste a tua bruta cobardia, ainda estava eu meia ensonada quando resolveste pôr-me inconsciente e mandar-me para o chão (azar o teu,que eu cai em cima da cama) e mesmo nessa altura os meus pais estavam lá e não te pouparam, mais do que eu eles tinham consciência do teu golpe baixo e lutaram contra ti (qual Sir Lawrence da Arábia) de tal forma que ontem quando fui ao médico ele deixou bem claro que não eras nada de preocupante...apenas fruto da época.